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Capelania
Capelania

LEI No 6.923, DE 29 DE JUNHO DE 1981.

Texto compilado

Dispõe sobre o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Da Finalidade e da Organização

Art . 1º - O Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas - SARFA será regido pela presente Lei.

Art . 2º - O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência Religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.

Art . 3º - O Serviço de Assistência Religiosa funcionará:

I - em tempo de paz: nas unidades, navios, bases, hospitais e outras organizações militares em que, pela localização ou situação especial, seja recomendada a assistência religiosa;

II - em tempo de guerra: junto às Forças em operações, e na forma prescrita no inciso anterior.

Art . 4º - O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a disciplina, a moral e as leis em vigor.

Parágrafo único - Em cada Força Singular será instituído um Quadro de Capelães Militares, observado o efetivo de que trata o art. 8º desta Lei.

Art . 5º - Em cada Força Singular o Serviço de Assistência Religiosa terá uma Chefia, diretamente subordinada ao respectivo órgão setorial de pessoal.

Art . 6º -.A Chefia do serviço de Assistência Religiosa, em cada Força Singular, será exercida por um Capitão-de-Mar-e-Guerra Capelão ou por um Coronel Capelão, nomeado pelo Ministro da respectiva Pasta.

Art . 7º - As Subchefias correspondentes aos Distritos e Comandos Navais, Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Comando-em-Chefe da Esquadra, Comandos de Exércitos e Militares de Área, e Comandos Aéreos Regionais serão exercidas por Oficiais Superiores Capelães.

Art . 8º - O efetivo máximo de Capelães Militares da ativa por postos, para cada Força Singular, é o seguinte:

I - na Marinha:

 

- Capitão-de-Mar-e-Guerra Capelão................................................

1

- Capitão-de-Fragata Capelão.........................................................

3

- Capitão-de-Corveta Capelão.........................................................

5

- Capitão-Tenente Capelão......................................... ....................

8

- 1º e 2º Tenente Capelão................................................................

13

II - no Exército:

 

 

- Coronel Capelão..........................................................................

1

- Tenente-Coronel Capelão..............................................................

6

- Major Capelão..........................................................................

7

- Capitão Capelão..........................................................................

16

- 1º e 2º Tenente Capelão...............................................................

20

 

- Coronel Capelão.........................................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

1

- Tenente-Coronel Capelão.............................................................
Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

8

- Major Capelão.........................................................................
Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

12

- Capitão Capelão..........................................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

20

- 1º e 2º Tenentes Capelães...........................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

26

III - na Aeronáutica:

 

- Coronel Capelão.......................................................................

1

- Tenente-Coronel Capelão.............................................................

3

- Major Capelão.......................................................................... ...

5

- Capitão Capelão..........................................................................

8

- 1º e 2º Tenente Capelão............................................................

13

- Coronel Capelão..................................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

1

- Tenente-Coronel Capelão....................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

4

- Major Capelão.....................................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

8

- Capitão Capelão..................................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

12

- 1º e 2º Tenentes Capelães....................................................
(Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)

20

Parágrafo único - O efetivo de que trata este artigo será acrescido aos efetivos, em tempo de paz, fixados em lei específica para a Marinha, Exército e Aeronáutica, respectivamente.

Art . 9º - O respectivo Ministro Militar baixará ato fixando os efetivos, por postos, a vigorar em cada ano, dentro dos limites previstos nesta Lei.

Art . 10 - Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de Capelão Militar, seja mantida a devida proporcionalidade entre os Capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva Força.

CAPíTULO II

Dos Capelães Militares

SEçãO I

Generalidades

Art . 11 - Os Capelães Militares prestarão serviços nas Forças Armadas, como oficiais da ativa e da reserva remunerada.

Parágrafo único - A designação dos Capelães da reserva remunerada será regulamentada pelo Poder Executivo.

Art . 12 - Os Capelães Militares designados, da ativa e da reserva remunerada, terão a situação, as obrigações, os deveres, os direitos e as prerrogativas regulados pelo Estatuto dos Militares, no que couber.

Art . 13 - O acesso dos Capelães Militares aos diferentes postos, que obedecerá aos princípios da Lei de Promoção de Oficiais da Ativa das Forças Armadas, será regulamentado pelo respectivo Ministro.

Art . 14 - O Capelão Militar que, por ato da autoridade eclesiástica competente, for privado, ainda que temporariamente, do uso da Ordem ou do exercício da atividade religiosa, será agregado ao respectivo Quadro, a contar da data em que o fato chegar ao conhecimento da autoridade militar competente, e ficará adido, para o exercício de outras atividades não-religiosas, à organização militar que lhe for designada.

Parágrafo único - Na hipótese da privação definitiva a que se refere este artigo, ou da privação temporária ultrapassar dois anos, consecutivos ou não, será o Capelão Militar demitido ex officio , ingressando na reserva não remunerada, no mesmo posto que possuía na ativa.

Art . 15 - Os Capelães Militares serão transferidos para a reserva remunerada:

I - ex officio , ao atingirem a idade limite de 66 (sessenta e seis) anos;

Il - a pedido, desde que contem 30 (trinta) anos de serviço.

Art . 16 - A idade limite de permanência na reserva remunerada, para o Capelão Militar, será de 68 (sessenta e oito) anos.

Art . 17 - Aos Capelães Militares aplicar-se-ão as mesmas normas e condições de uso dos uniformes existentes para oficiais da ativa de cada Força Singular.

Parágrafo único - Em cerimônias religiosas, os Capelães Militares deverão trajar seus hábitos ou vestes eclesiásticas, mesmo no interior das organizações militares.

SEçãO II

Do Ingresso no Quadro de Capelães Militares

Art . 18 Para o ingresso no Quadro de Capelães Militares será condição o prescrito no art. 4º desta Lei, bem como:

I - ser brasileiro nato;

II - ser voluntário;

Ill - ter entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;

IV - ter uso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião;

V - possuir, pelo menos, 3 (três)anos de atividades pastorais;

VI - ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião;

VII - ser julgado apto em inspeção de saúde; e

VIII - receber conceito favorável, atestado por 2 (dois) oficiais superiores da ativa das Forças Armadas.

Art . 19 - Os candidatos que satisfizerem às condições do artigo anterior serão submetidos a um estágio de instrução e de adaptação com duração de até 10 (dez) meses, durante o qual serão equiparados a Guarda-Marinha ou a Aspirante-Oficial, fazendo jus somente à remuneração correspondente.

Parágrafo único - O estágio de instrução e adaptação deverá, obrigatoriamente, constar de:

a) um período de instrução militar geral na Escola de Formação de Oficiais da Ativa da Força Singular respectiva;

b) um período como observador em uma Escola de Formação de Sargentos da Ativa, da Força Singular;

c) um período de adaptação em navio, corpo de tropa ou base aérea, no desempenho de atividade pastoral, devendo ainda colaborar nas atividades de educação moral.

Art . 20 - Findo o estágio a que se refere o artigo anterior, os que forem declarados aptos por ato do Ministro da respectiva Força serão incluídos no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto de 2º Tenente.

Art . 21 - O estágio a que se refere o art. 19 desta Lei poderá ser interrompido nos seguintes casos:

I - a pedido, mediante requerimento do interessado;

Il - no interesse do serviço;

III - por incapacidade física comprovada em inspeção de saúde; e

IV - por privação do uso da Ordem ou do exercício da atividade religiosa, pela autoridade eclesiástica da religião a que pertencer o estagiário.

CAPíTULO III

Das Disposições Finais e Transitórias

Art . 22 - Os Capelães Militares com estabilidade assegurada de acordo com o art. 50 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963, serão incluídos no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto atual, e terão sua antiguidade contada desde o seu ingresso no Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.

Art . 23 - Os Capelães que atualmente servem às Forças Armadas, na qualidade de militares, poderão ser aproveitados no Quadro de Capelães Militares da Ativa, desde que satisfaçam às exigências dos incisos l II e IV do art. 18 desta Lei.

§ 1º - Os Capelães que forem aproveitados na forma deste artigo terão sua antiguidade contada desde o seu ingresso no Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.

§ 2º - Os Capelães que não forem aproveitados de acordo com o disposto neste artigo permanecerão prestando serviço à respectiva Força Armada até o término de seu estágio de serviço, que não será renovado.

§ 3º- Terminado o estágio de serviço, os Capelães Militares de que trata o parágrafo anterior serão incluídos no Quadro de Capelães da Reserva Não-Remunerada, com o posto de Capitão-Tenente ou Capitão.

Art . 24 - Os atuais Capelães contratados da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, de conformidade com os arts. 4º e 16 da Lei nº 5.711, de 8 de outubro de 1971, poderão ser aproveitados, a critério do respectivo Ministro Militar e desde que satisfaçam às exigências previstas nos incisos I, II e IV do art. 18 desta Lei.

§ 1º - Os Capelães contratados que deixarem de ser aproveitados na forma deste artigo não terão seus contratos renovados ao término do prazo neles fixado.

§ 2º - Expirado o prazo fixado no respectivo contrato sem que tenha sido aproveitado no Quadro de Capelães Militares da Ativa, será o então titular do contrato extinto incluído no Quadro de Capelães Militares da Reserva Não-Remunerada, com o posto de Capitão-Tenente ou Capitão.

Art . 25 - Os Ministros Militares, para a constituição do Quadro de Capelães Militares da Ativa, especificarão em ato:

I - o número dos atuais Capelães Militares previstos no art. 23 desta Lei que deverão ser aproveitados no Quadro a que se refere o parágrafo único do art. 4º desta Lei;

II - o número dos atuais Capelães Civis contratados que deverão ser aproveitados no Quadro a que se refere o inciso anterior; e

III - o número dos atuais Capelães Militares que serão incluídos no Quadro referido neste artigo, de conformidade com o art. 22 desta Lei.

Art . 26 - Os Capelães Militares aos quais tenham sido concedidas, por mais de 5 (cinco) anos, consecutivos ou não, honras de posto superior ao seu, serão confirmados nesse posto, com todos os direitos, prerrogativas e deveres a ele inerentes.

§ 1º - Os Capelães Militares de que trata este artigo, se ainda na ativa, serão aproveitados no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto em que forem confirmados.

§ 2º - Aplica-se o disposto no caputdeste artigo aos Capelães Militares que, preenchendo as condições nele previstas, já se encontrarem na inatividade remunerada.

Art . 27 - Os Ministros Militares expedirão as instruções que se fizerem necessárias à execução desta Lei.

Art . 28 - As despesas decorrentes desta Lei serão atendidas à conta das dotações constantes do Orçamento Geral da União.

Art . 29 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art . 30 - Revogam-se a Lei nº 5.711, de 8 de outubro de 1971, e as demais disposições em contrário.

Brasília, em 29 de junho de 1981; 160º da Independência e 93º da República.

JOÃO FIGUEIREDO
José Ferraz da Rocha

 

Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.6.1981

 

 

 

Áreas de Atuação

Hospitalar – Prisional – Escolar

 

Tutelar – Social – Condominial

Cemiterial – Eventos – Familiar

Melhor Idade

 

 

Outras Ministrações do Capelão 

- Para pastores e líderes de ministérios
- Para liderança em geral
- Para empresários e pessoas de negócios
- Para casais
- Para jovens
- Para grupo de homens
- Para gestores de projetos sociais
- Para militares
- Para parlamentares
- Para estudantes em geral

Obs.: Contate-nos e programe seu evento.

 

 

Marinha, Exército, Aeronáutica e as Polícias Militares do Amapá e do Rio de Janeiro abriram, somente neste ano, 17 vagas para capelães. Nos quartéis, nada de pegar em armas: apesar de terem um treinamento militar, eles são responsáveis por celebrar casamentos, batizados e formaturas, e visitar hospitais, enfermarias e presídios.

“[O treinamento] Trata-se apenas da parte básica para aprender como funciona a disciplina militar porque a atividade-fim do capelão é a religiosa”, conta Edson Fernandes Távora, de 52 anos, primeiro capelão evangélico concursado da PM do Rio.

Távora entrou na polícia em 1994, no primeiro concurso para o cargo, e passou em primeiro lugar. Antes a capelania tinha apenas padres, nomeados pelo governador. Até agora foram realizados três concursos para capelães na PM do Rio: em 1994, em 2002 e neste ano. De 1994 para cá o número de capelães na corporação dobrou, de 10 para 20.

O capelão afirma que no concurso deste ano concorreram cerca de 200 candidatos – 40 padres para as três vagas de capelães católicos e 160 pastores disputaram as duas vagas de capelães evangélicos.

Távora, que atualmente é chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar do Rio, conta que decidiu se tornar capelão militar por considerar "um chamamento de Deus".

“Um pastor que já era combatente da PM me falou sobre o concurso e, como eu estava sem dirigir nenhuma igreja, apenas dando aulas em seminário à noite e aguardando uma posição da denominação, eu prestei o concurso. Percebi que tinha vocação para o trabalho religioso, que isso de levar a palavra de fé para a corporação vinha de Deus”, diz.

Outras religiões
No país há somente capelães militares evangélicos e católicos, de acordo com Aluísio Laurindo da Silva, presidente da Associação Pró-Capelania Militar Evangélica do Brasil.

Esse foi um dos motivos que levou o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) a pedir na Justiça, no último dia 13, a anulação do concurso público da Aeronáutica para capelães e a proibição de novos concursos para o cargo nas Forças Armadas. Uma das alegações é que a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, fere o princípio da isonomia, gerando preconceito e inibindo os não-católicos e não-evangélicos de entrar nas Forças Armadas.

O MPF argumenta ainda que contratar, com recursos públicos, orientadores espirituais de qualquer religião para prestar assistência religiosa a determinados funcionários públicos vai contra o princípio de Estado laico, o que torna a seleção inconstitucional.

De acordo com Távora, seria possível abrir concurso para uma terceira religião caso fosse comprovado em novo censo religioso que há grande número de integrantes dessa doutrina na PM do Rio, por exemplo. “Nunca teve isso, a proporção do censo não chegou a essa necessidade.”

Para o padre Alberto Gonzaga de Almeida, de 41 anos, que é capelão militar católico da PM do Rio desde 2002, o Estado é laico, mas as pessoas são religiosas e é necessário prestar assistência espiritual a quem precisa. “O Estado deve oferecer essa assistência”, diz.

Almeida afirma que nunca havia cogitado a possibilidade de entrar para a vida militar quando foi convidado pelo bispo auxiliar na época. “Ele me falou sobre a necessidade de ter a presença da Igreja no meio militar, especialmente na PM do Rio, e achei esse trabalho de grande importância”, diz. Além de atuar como capelão, Almeida é pároco na Paróquia de Santa Edwiges, no Rio de Janeiro.

Na PM, o padre celebra inauguração de companhias, aniversários de batalhões, casamentos comunitários, missas, além de prestar orientação espiritual aos policiais.

“Tem que ter uma postura ecumênica, os padres e pastores trabalham num quadro só, um respeita a doutrina do outro, tudo é feito dentro da postura ecumênica de diálogo”, explica Távora. “Quando é casamento evangélico é com pastor, quando é culto ecumênico pode ser com os dois [padre e pastor], quando morre algum sacerdote católico ou familiar dele, quem faz a bênção é o padre, quando a família não é de nenhuma das duas religiões não escala ninguém.”

Altura mínima é pedida no Exército
O salário inicial é, em média, de R$ 5 mil, e pode chegar, por exemplo, a R$ 11 mil, no caso da Aeronáutica, quando o capelão atinge o posto máximo de coronel.

O Exército prevê, para o ano que vem, outro concurso para capelão militar e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que haverá vagas para o cargo nos próximos cinco anos. Das 67 vagas de capelão militar, 61 estão ocupadas.

Os concursos para capelães militares católicos só aceitam candidatos do sexo masculino, já que apenas padres podem concorrer. Já nos processos seletivos para capelães evangélicos, dependendo da corporação, são aceitos candidatos de ambos os sexos, como é o caso do Exército. O órgão, assim como a Marinha e a Aeronáutica, limita a idade dos candidatos. No Exército, também existe altura mínima para os capelães.

Os requisitos para concorrer ao cargo variam entre as corporações, mas em todas é exigido que os candidatos sejam padres ordenados ou pastores consagrados, tenham formação superior em teologia e pelo menos três anos de atividades como sacerdote ou pastor. Cada religioso pode somente preencher vagas na sua própria doutrina.

Para ser capelão militar evangélico o candidato deve ser pastor protestante ou evangélico de denominações batista, presbiteriana, metodista, luterana, pentecostal, entre outras, segundo Silva. “Às vezes o edital traz o nome da denominação evangélica à qual o candidato deve pertencer para poder concorrer. Às vezes omite e diz apenas que o candidato deve ser pastor evangélico. Portanto, o interessado deve prestar bastante atenção a esses detalhes, pois corre o risco de ter a inscrição invalidada.”

Processo de seleção
Dependendo da corporação, para ingressar na carreira militar, os candidatos passam por provas objetivas e discursivas, teste de aptidão física, avaliação psicológica, exame médico, investigação social e da vida pregressa e prova de títulos.

Depois de serem aprovados no concurso, os novos capelães passam por um estágio de adaptação que pode durar de três a 10 meses, dependendo da corporação. Antes de entrar na PM do Rio, Távora fez um estágio de adaptação à vida militar que durou seis meses. “Tivemos três meses de atividades militares e outros três meses visitando presídios e hospitais, fazendo assistência religiosa”, conta.

Após o curso de formação, no caso das Forças Armadas, os capelães militares podem ser designados para desenvolver suas atividades em qualquer região do país ou no exterior.

Veja abaixo como funcionam os concursos para capelães militares nas Forças Armadas:

  Aeronáutica Exército Marinha
Requisitos - Ser do sexo masculino
- Ter idade entre 30 e 40 anos
- Ter concluído, com aproveitamento, curso superior de formação teológica, reconhecido pela autoridade eclesiástica da religião católica apostólica romana ou da religião evangélica.
- Ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado pastor evangélico.
- Ter o consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião para exercer atividade pastoral na Aeronáutica.
- Possuir, pelo menos, três anos de atividades pastorais como sacerdote apostólico romano ou pastor evangélico, após a ordenação ou consagração (investidura), respectivamente.
- Não será aceito diploma de tecnólogo para a comprovação da formação profissional, em nenhuma especialidade.

 
- Ser do sexo masculino para sacerdote católico romano e ambos os sexos para pastor evangélico.
- Completar, até 31 de dezembro do ano da matrícula no curso de formação, no mínimo 30 anos e, no máximo, 40 anos de idade.
- Ter concluído, com aproveitamento, curso de formação teológica regular, de nível superior, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião.
- Ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado como pastor evangélico.
- Possuir pelo menos 3 anos de atividades pastorais, comprovadas por documento expedido pela autoridade eclesiástica.
- Ter, no mínimo, 1,60m de altura, se for do sexo masculino, ou 1,55m de altura, se for do sexo feminino.
 
- Podem concorrer somente candidatos do sexo masculino.
- Ter curso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião.
- Possuir pelo menos 3 anos no exercício de atividades pastorais, como sacerdote ou pastor.
- Ter no mínimo 30 anos e no máximo 40 anos de idade no primeiro dia do mês de janeiro do ano de início do curso.
- Ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica, à qual está subordinado, da respectiva religião, para inscrever-se no processo seletivo e para prestar assistência religiosa, espiritual e moral.
 
Local do curso de formação O Estágio de Instrução e Adaptação de Capelães é realizado no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, em Belo Horizonte, e tem duração aproximada de 13 semanas, abrangendo instruções nos campos geral, militar e técnico-especializado. O posto inicial após o curso é de 2º tenente. O Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães Militares tem duração de 32 semanas: 12 na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ); 4 na Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações (MG); e as demais semanas na guarnição onde o capelão será classificado. O posto inicial após o curso é de 2º tenente.
 
O curso de formação de oficiais e o estágio de aplicação serão no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, no Rio de Janeiro, com duração de 39 semanas. O posto inicial após o curso é de 1º tenente.
Salário inicial R$ 4,6 mil R$ 5.040 não informado
Etapas do processo seletivo Exame de escolaridade, exame de conhecimentos especializados, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica e teste de avaliação do condicionamento físico. Exame intelectual; inspeção de saúde; exame de aptidão física e revisão médica e comprovação dos requisitos biográficos exigidos dos candidatos. Prova escrita de conhecimentos profissionais; prova de expressão escrita; seleção psicofísica; teste de suficiência física; verificação de dados biográficos e exame psicológico

 

13/10/2010 12h17 - Atualizado em 13/10/2010 12h30

MPF pede anulação de concurso para capelães da Aeronáutica

Órgão alega que a seleção fere o princípio constitucional do estado laico.
Para MPF, escolha de só duas religiões também fere princípio da isonomia.

Do G1, em São Paulo

imprimir

saiba mais

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu na Justiça a anulação do concurso público da Aeronáutica para contratação de autoridades religiosas, os capelães, e quer proibir o lançamento de novos concursos para o cargo nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). O MPF alega que a seleção fere o princípio constitucional da laicidade do Estado e gera discriminação.

 

O Departamento de Ensino da Aeronáutica abriu em agosto o concurso para três vagas de sacerdotes católicos apostólicos romanos e uma para pastor evangélico. De acordo com o MPF, o salário é de cerca de R$ 4.590 para prestação de assistência religiosa aos militares.

A procuradoria diz que o concurso está amparado pela
 Lei 6.923/81, que dispõe sobre o serviço de assistência religiosa nas Forças Armadas. Porém, a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira, entende que contratar, com recursos públicos, orientadores espirituais de qualquer religião para prestar assistência religiosa a determinados funcionários públicos vai contra o princípio da laicidade estatal, o que torna a seleção absolutamente inconstitucional, diz o MPF.

A procuradora diz que a laicidade, em síntese, não impede que o Estado receba a colaboração de igrejas e instituições religiosas voltadas à promoção do interesse público, mas veda qualquer tipo de favorecimento ou de discriminação no âmbito dessas relações.

Apenas duas religiões
De acordo com o MPF, a procuradora alega, também, que “ainda que fosse franqueado à União contratar, de forma onerosa, prestadores de assistência religiosa para atendimento de servidores, a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, feriria o princípio da isonomia”. Segundo ela, tal privilégio segrega seguidores de outras religiões minoritárias, gerando preconceito e inibindo os não católicos e não evangélicos de entrarem nas Forças Armadas.

 

 

21/09/2010 11h34 - Atualizado em 21/09/2010 11h34

Aeronáutica prorroga inscrições para 4 vagas de capelães

Candidatos devem ter formação superior em teologia.
São três vagas para sacerdotes católicos e uma para pastor evangélico.

Do G1, em São Paulo

imprimir

Departamento de Ensino da Aeronáutica

Inscrições

 

Até 30 de setembro

 

Vagas

 

4

 

Salário

 

não divulgado

 

Taxa de inscrição

 

R$ 100

 

Prova

 

28 de novembro

 

O Departamento de Ensino da Aeronáutica prorrogou as inscrições para 4 vagas para o Exame de Admissão ao Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães da Aeronáutica do ano de 2011 (leia aqui o edital).

Confira lista de concursos e oportunidades

São três vagas para sacerdotes católicos apostólicos romanos e uma para pastor evangélico.

Poderão concorrer candidatos do sexo masculino que tenham entre 30 e 40 anos até o dia 31 de dezembro de 2011 e que tenham concluído, com aproveitamento, curso superior de formação teológica. O candidato também deve ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado pastor evangélico, além de ter experiência mínima de três anos nas atividades pastorais.

As inscrições devem ser feitas até 30 de setembro pelo sitewww.fab.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 100.

O estágio é ministrado no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), em Belo Horizonte (MG), e tem duração aproximada de 13 semanas, abrangendo instruções nos campos geral, militar e técnico-especializado.

Os candidatos serão submetidos a exame de admissão, composto de exame de escolaridade, exame de conhecimentos especializados, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica e teste de avaliação do condicionamento físico.

 

As provas escritas estão prevista para o dia 28 de novembro.

 

 

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 1

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 2

CAPELANIA HOSPITALAR - Projeto de Ministério de Visitação Hospitalar para

Voluntários

 

OBJETIVOS:

 

Atender a deficiência e necessidade de mais pessoas ajudarem no ministério

pastoral de visitação na Capelania e proporcionar uma formação espiritual,

emocional e técnica para o trabalho de visitação e atendimento hospitalar à

pacientes e seus familiares que enfrentam crises em função da doença. Destinase

à cristãos que desejam se preparar melhor para esse ministério e desejam ser

voluntários do trabalho de Capelania do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, por

uma hora por semana.

 

 

METODO DO CURSO:

O curso terá aulas teóricas e práticas, sendo as aulas teóricas, com apostilha e

discussão da matéria e relatório das visitas na aula pratica. As aulas práticas

serão realizadas pelos alunos, com visita aos pacientes, trazendo relatórios para

ser examinados nas aulas teóricas. A apostila será entregue todas as aulas com

conteúdo da aula anterior, devendo o aluno ler durante a semana, fazendo suas

observações. No final do curso teremos todas as aulas em uma só apostila.

 

 

O Projeto do Ministério de Visitação Hospitalar está divido em quatro

modulo:

 

I - O Paciente, Seus Sentimentos e Suas Necessidades

II - O Visitador, Sua Função e Suas Atividades

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 3

III - A Visita, Suas Regras e Sua Prática

IV - Os Benefícios, ao Paciente e Família, ao Hospital e Comunidade.

LIVROS RECOMENDADOS:

 

1. Rosas de Setembro, Marylyn Willett Heavilin, Candeia, 1989.

2. Deus sabe que sofremos, Philip Yancey, Vida, 1999.

3. Mulheres ajudando Mulheres, Elyse Fitzpatrick, CPAD, 2001

4. Decepcionado com Deus, Philip Yancey, Mundo Cristão, 1996.

5. Parceiros de Oração, John Maxwell. Editora Betania, 1999.

6. Igreja: Por que me importar?, Philip Yancey, Editora Sepal, 2000

7. No Leito da Enfermidade, Eleny Vassão, Cultura Cristã, 1997.

CAPELANIA HOSPITALAR - INTRODUÇÃO

 

 

 

INTRODUÇÃO

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 4

 

Levando o amor de Cristo aos enfermos e necessitados

Atuar nos hospitais levando o amor de Deus, Seu consolo e alívio num momento de dor. Esta é a

principal missão da Capelania Hospitalar, que, através de gestos de solidariedade e compaixão, tem

levado a Palavra de Deus não só aos pacientes, mas também aos seus familiares, sem esquecer ainda

dos profissionais de saúde, tantas vezes vivendo situações de estresse ou mesmo passando por

momentos difíceis. Os capelãos respeitam a religião de cada paciente sem impor nada, apenas

levando a Palavra àqueles que desejarem.

 

 

 

O que faz um capelão?

O capelão, integrante da equipe multidisciplinar de saúde, é uma pessoa capacitada e sensível às

necessidades humanas, dispondo-se a dar ouvidos, confortar e encorajar, ajudando o enfermo a lutar

pela vida com esperança em Deus e na medicina. Oferece aconselhamento espiritual e apoio

emocional tanto ao paciente e seus familiares, como aos profissionais da saúde. É importante elo com

a comunidade local.

 

 

REAÇÕES DO ENFERMO PERANTE A DOENÇA

Diante da enfermidade a pessoa se vê tolhida de sua liberdade de ser ela mesma, não pode

desempenhar suas atividades e sente-se ameaçada quanto a seu viver ou futuro. A reação diante de

tudo isso é uma atitude psicológica chamada de MECANISMO DE DEFESA, classificada como

inconsciente.

 

 

Eis algumas reações dessa natureza:

- REGRESSÃO – O paciente se torna dependente dos outros, sem autonomia, adotando atitudes

infantis, exagerando desproporcionalmente a gravidade do seu caso; reclama sem fundamento e

constantemente do atendimento e da alimentação; queixa-se que os parentes ou conhecidos não o

visitam.

 

 

- FORMAÇÃO REATIVA – Os impulsos e as emoções censuradas como impróprias assumem uma

forma de expressão contrária, aceitável para o consciente. No caso de doenças longas ou piora

gradativa, o paciente afirma que está sendo perseguido pelos funcionários do hospital, adotando uma

atitude defensiva e agressiva, pois estes representam sofrimento para ele.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 5

Pragueja, xinga, acusa os familiares de falta de interesse, que os médicos são irresponsáveis.

- NEGAÇÃO – Ao tomar conhecimento do diagnóstico, o paciente se recusa a aceitar que esse

problema de saúde é dele. A negação funciona como uma proteção contra a angústia. Ele acha que o

resultado está errado, que outro médico deve ser procurado e continua tentando viver como se a

enfermidade não existisse, evitando falar sobre o assunto. A negação pode ocorrer em crentes que

adotam uma atitude triunfalista ao afirmarem: “Em nome de Jesus já estou curado, Deus não permitirá

que eu seja operado”.

 

 

REAÇÕES DOS FAMILIARES DO ENFERMO:

A família acaba sendo afetada e as reações negativas podem ser a de estresse psíquico, ocorrendo

desgaste físico e até depressão. A família se organiza nas suas funções, ocorrendo sobrecarga para

alguns membros familiares e até a omissão de cuidados. A vida sócio-econômica também pode mudar

radicalmente devido as perdas. Os familiares prejudicam o tratamento se forem excessivamente

desconfiados em relação à equipe do hospital, com muitos questionamentos ou palpites. Alguns

familiares se sentem culpados ou transferem a culpa ao paciente. Também podem se sentir vítimas do

destino, castigo de Deus ou retaliação do inimigo. O enfermo muitas vezes precisa se esforçar para

acalmar a família. Conforme a enfermidade, alguns familiares entram em crise de desespero, tirando a

tranqüilidade do paciente.

 

 

 

QUALIFICAÇÕES PARA VISITAÇÃO:

 

Vários requisitos necessários do visitador:

- Ter sabedoria e humildade para saber que você não é melhor do que ninguém;

- Cultivar uma personalidade amável, agradável, cativante;

- Ter habilidade de comunicar-se;

- Ter humor estável;

- Ter respeito as opiniões religiosas divergentes;

- Ter discernimento e sensibilidade na conversação;

- Saber guardar as confidências dos pacientes;

- Saber usar a linguagem e forma de abordagem a cada pessoa;

- Dar tempo e atenção ao paciente visitado;

- Ter sensibilidade para com discrição, sentir quando é o momento mais oportuno para visitar;

- Saber evitar a intimidade e não invadir a privacidade alheia;

- Saber ouvir.

 

 

PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA VISITAÇÃO A ENFERMOS:

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 6

- Bater à porta.

- Pedir licença ou cumprimentar só verbalmente (a menos que o paciente estenda a mão).

- Se apresentar como pastor(a); obreiro(a).

 

- Se oferecer para orar (respeitar as negativas) pedindo o favor de abaixar o volume do rádio ou TV.

- Convidar as pessoas do ambiente pra ouvirem a leitura bíblica e oração.

 

- Caso o enfermo estiver no banho, fazendo curativos ou algum exame, RETORNE POSTERIORMENTE.

- Se a enfermeira estiver atendendo o paciente ou o médico estiver presente no quarto, RETORNAR

POSTERIORMENTE.

 

- Se o paciente está com algum mal-estar (vômito, dor, confuso), abreviar a visita.

 

- Às vezes o paciente faz as seguintes solicitações: para ajeitá-lo no leito, pede água ou algum

alimento, solicita medicação.

 

 

TODAS essas solicitações devem ser atendidas pelo serviço de

enfermagem.

 

Por isso, responda ao paciente que ele deve fazer esse pedido a enfermeira, ou em

alguns casos (queda do paciente, escapou o soro) avisar o ocorrido no posto de enfermagem.

 

- Em alguns casos quando o paciente apresenta um quadro de contaminação, é colocado um cartaz de

alerta e de instruções na porta do quarto. Na dúvida, perguntar no posto de enfermagem e que deve

fazer para entrar no quarto (utilizar máscara, luva, etc).

 

 

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O objetivo da visita NÃO É doutrinação, mas atender à necessidade do paciente; a visita deve ter um

propósito: conforto, consolo para quem sofre.

 

Muitas vezes, a tentação de “pregar” e apresentar o seu

discurso faz com que muitos se esqueçam de que estão num hospital, desvirtuando, assim, todo o

propósito da visita;

- Quando tiver dúvidas sobre a situação do paciente, procure a enfermeira.

 

 

- Ter discernimento para dosar o tempo da visita;

- Não demonstre “pena” do paciente;- Mostre seu interesse pelo paciente, mas sem exageros;

- Preste atenção naquilo que o paciente está falando, verificando quais são suas preocupações;

- Não conduza a sua conversa de tal maneira que exija do paciente grande concentração e esforço

mental para acompanhar (ele pode estar sob o efeito de medicamentos);

Ao paciente que acha que não será curado, encoraje.

 

Mas, faça-o com prudência, sem promessas

infundadas;

- Não fale sobre assuntos pavorosos;

- Nunca pratique atos exclusivos de auxiliar de enfermagem, tais como: dar água ou qualquer

alimento, ou locomover o paciente, mesmo que seja a pedido dele;

- Nunca discuta sobre a medicação com os pacientes;

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 7

- Mantenha os segredos profissionais (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e

de sua vida pessoal);

 

- Nunca comente nos corredores do hospital, ou fora deles, o tipo de conversa ou encaminhamento de

sua entrevista mantida com o paciente;

 

- A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado!

- Não cochiche ! Pacientes apresentam alto nível de desconfiança;

- Aproveite a oportunidade como se fosse a única. Na medida do possível, o ministério junto ao

enfermo, dentro de um hospital deve ser completo, numa “dose única”;

 

- Evite a intimidade excessiva, não invadindo a privacidade alheia (tanto do paciente quanto do seu

acompanhante);

 

- Respeite a liberdade do paciente quando ele não quiser (ou não estiver preparado para) falar sobre

seus problemas;

 

- Nunca tente ministrar o enfermo quando ele está sendo atendido pelo médico ou pela enfermeira, ou

quando estiver em horários de refeições, ou quando a situação impossibilite (familiares, telefonando

ou algo importante que ele está assistindo na TV);

 

- ð Não faça promessas de qualquer espécie (cura, conseguir medicação, maior atenção dos

profissionais de saúde, transferências, conseguir entrevista com o diretor). O próprio hospital tem

meios de solucionar essas solicitações;

 

 

- Em caso de possessão demoníaca, elas precisam ser discernidas;

- Preste atenção nos cartazes afixados na porta do quarto, pois eles orientam por qual motivo você

não pode entrar naquele momento ou quais os cuidados você deve tomar ao entrar no quarto.

 

Talvez

seja proibida a entrada por causa de curativo, troca de bolsa em pacientes renais, proibição de visita

por ordem médica. O paciente pode estar isolado por causa de problemas de contágio e o cartaz

estará orientando se for necessário utilizar mascaram jaleco, luvas ou evitar tocar no paciente.

 

Também pode estar tomando banho;

- Evitar apertar a mão do paciente, a não ser que a iniciativa seja dele;

 

- Nunca sentar-se na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por

ele. Quando o paciente está em cirurgia, os lençóis ficam enrolados, não devendo NINGUÉM sentar ali;

 

- Procurar estar numa posição em que o paciente veja você;- Cuidado se a sua voz for estridente;

 

- Se for insultado, reaja com espírito cristão;- Em suas conversas, orações, leituras de textos, fale em

tom normal. Evite a forma discursiva e com voz estridente, a não ser que seja em ambiente amplo.

 

- Observar se o paciente está com mal-estar (náuseas ou dor), procurando abreviar ao máximo a visita.

 

ATITUDES ADOTADAS PERANTE O PACIENTE E O CORPO CLÍNICO:

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 8

Para o paciente, o médico é a pessoa mais importante no hospital, em quem ele deposita a sua

confiança. É a visita que ele deseja ansiosamente; portanto, quando chegar o médico, procure

encerrar o assunto ou oração ou retirar-se discretamente. Evite dar palpites sobre o tratamento do

paciente ou sobre a conduta do médico. Procure trabalhar em harmonia com o pessoal da

enfermagem, pois os pacientes dependem deles.

 

 

APLICAÇÃO BÍBLICA:

Sabemos que a enfermidade é proveniente da raça humana em pecado. Em muitas situações a

enfermidade surge por culpa direta do próprio indivíduo que não cuida do seu corpo como deveria, ou

por causa da violência urbana. Mesmo que o indivíduo seja culpado de sua situação, devemos levarlhe

uma mensagem que Jesus deseja lhe dar saúde total, tanto no corpo como na alma, pois Ele disse:

“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância“ (João 10:10).

 

 

A mensagem que se deve trazer ao enfermo é a mensagem bíblica de esperança e consolo. Essa

mensagem é verbal através da leitura bíblica, oração e aconselhamento. Também, através de

expressão corporal, tais como expressão de carinho, sorriso e demonstração de empatia.

Encontraremos na Bíblia textos relacionados às mais diversas necessidades do ser humano. São

esses textos que devem ser apresentados aos pacientes na esperança de despertamento de fé nas

promessas de vida.

 

 

Eis alguns assuntos relacionados ao estado de espírito dos pacientes:

- Aflição – Salmos 34:19 – 86:1 – 119:107 – João 14:1,27

- Angústia – Naum 1:7 – Salmo 4:1 – 18:6 – 60:11 – 119:50

- Ansiedade – Salmos 46:10 – Mateus 6:31-34 – Filipenses 4:6-7 – I Pedro 1:7

- Cansaço – Mateus 11:28-30

- Choro – Salmos 30:2-5 – Apocalipse 21:4

- Desânimo – Salmos 42:11 – Provérbios 18:14 – Filipenses 4:13 – Hebreus 12:3

- Deus se compadece – Isaías 38:18 – Lamentações 3:22-26 – 2 Coríntios 1:3-5

- Direção divina – Salmos 37:5 – João 3:27- Dor – Salmos 41:3 – Isaías 43:4,5

- Fraqueza – Deuteronômio 32:39 – Salmos 31:24 – Isaías 12:2 – 41:10 – Oséias 6:1 – 2 Coríntios 12:7-

10

- Impaciência – Salmos 27:13-14 – 37:8

- Medo – Salmos 34:4- Morte – Ezequiel 18:32 – Salmos 68:20 – Hebreus 2:14-15

- Oração – Salmo 5:1-3 – 66:20 – Lucas 11:9-13

- Pobreza – Salmos 40:17 – 70:5

- Preocupações – Salmos 55:22

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 9

- Raiva – Salmos 37:8 – I Tessalonicenses 5:16-18.

- Sofrimento – Salmos 22:11 – 34:6 – 57:1 – 2 Coríntios 16:18 – Hebreus 12:4-13

- Solidão – Salmos 16:1

- Presença divina – Deuteronômio 31:8

CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO I - O Paciente, seus sentimentos e suas

necessidades

 

 

MODULO I

O PACIENTE, SEUS SENTIMENTOS E SUAS NECESSIDADES.

1. Fundamentação Bíblica-Teologica do Enfermo e a Enfermidade.

 

A maneira como vê a enfermidade tem grande influencia na maneira como você

ira tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara dos

que a Bíblia nos diz sobre a enfermidade.

 

A doença é uma questão que a Bíblia menciona em muitos textos. A doença de

Naamã, Nabucodonosor, o filho de Davi, Jó, Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro, e

vários outros e descrito tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus

veio pessoalmente à terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto que

praticamente um quinto dos evangelhos é dedicado ao tema da cura, e o Livro de

Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos.

 

A Bíblia nos fornece sofre a enfermidade pelo menos quatro conclusões que

podem ser úteis nas visitas hospitalares.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

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1.1. A Enfermidade faz parte da Vida.

 

Poucas pessoas, se é que existe alguém atravessam a vida sem experimentar

periodicamente pelos menos uma doença.

 

 

Parece provável que a doença tenha

entrado na raça humana como resultado da Quedam, e desta essa época os

homens ficaram sabendo o que é não ter saúde. A Bíblia nos menciona várias

enfermidade como alcoolismo, cegueira, tumores, inflamações, febre, hemorragia,

surdez, mudez, insanidade, lepra, paralisia e várias outras enfermidade. Fica claro

de cada uma delas causa tensão psicológica e física, e todas são mencionadas de

modo a insinuar que a doença faz parte da vida neste mundo.

 

1.2. Os Cristãos são responsáveis pelo cuidado dos enfermos.

 

Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é

também indesejável.

 

Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos,

encorajaram outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio

de amor daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole

de água era considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente

era o mesmo que ministrar a Ele, Jesus[1].

 

 

1.3. A Enfermidade não é necessariamente um sinal de pecado ou

manifestação de falta de fé.

 

Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa

intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficaz, argumentou que

todos esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a

doença nem sempre é resultado do pecado do indivíduo - cuja verdade Jesus

ensinou claramente[2].

 

Toda doença tem origem, em análise final, na queda da

humanidade no pecado, mas os casos individuais de doença não são

necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente - embora haja

ocasiões em que o pecado e a doença têm realmente relação[3].

 

Ao examinar as curas do Novo Testamento temos os seguintes esclarecimentos

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 11

com respeito à enfermidade:

Algumas vezes as pessoas melhoravam por crerem pessoalmente que Cristo

operaria a cura, por exemplo: A mulher com o fluxo de sangue é um bom

exemplo[4].

 

Houve vezes, no entanto, em que uma pessoa além do paciente teve fé: Vários

pais procuraram Jesus, por exemplo, e falaram de seus filhos doentes, sendo

estes curados[5].

 

Em outra ocasião, no Jardim do Getsêmani, a orelha de um servo foi curada

embora ninguém tivesse fé, além de Jesus.

 

Em contraste, vemos Paulo, homem de grande fé em Cristo cujo “espinho na

carne nunca foi tirado”.

 

Outros ainda não tiveram fé e não foram curados[6].

 

Com base nesses exemplos fica bastante evidente que a doença não é

necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé.

 

A Bíblia não apóia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade

de Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias

nesta vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre

virá para aqueles cuja fé é forte.

 

1.4. A Enfermidade faz surgir questões difíceis e cruciais sobre o sofrimento.

C.S. Lewis no seu livro, Problema do Sofrimento, resumiu duas questões básicas

que enfrentam todos os que sofrem e que são geralmente levantadas nas visitas:

Se Deus é bom, porque ele permite o sofrimento? Se ele é Todo-Poderoso,

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 12

 

porque não suspende o sofrimento?

Volumes inteiros têm sido escritos para responder a essas perguntas e o visitador

cristão poderia beneficiar-se com a leitura de alguns deles[7].

 

1.5. A Enfermidade diante dos problemas éticos.

Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito

de morrer com dignidade.

 

Esta problemática levanta questões tais como: O que é

vida? Vale a pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma

vida que vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como

crentes precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os

princípios e valores bíblicos.

 

2. O Paciente e outros problemas associados à enfermidade

Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas

doenças surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos

genéticos; por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou

adequada; ou velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema

físico. Junto com a enfermidade pode acontecer problemas emocionais,

psicológicos, ou espirituais. Quem trabalha com os enfermos deve saber lidar com

os seguintes problemas:

 

 

2.1 A dor física

Pessoas reagem de formas diferentes quando há uma dor. Com certas doenças

há pessoas que sofrem muita dor enquanto outras pessoas não sentem nada. A

diferença pode se atribuída para as experiências com dor, os valores culturais

sobre a dor, ou até uma crença religiosa. Certas pessoas acham que quando

alguém reagiu com a dor, isto representa uma fraqueza. Outras acreditam que

Deus permite a dor e assim a dor deve ser aceita. Há, ainda, indivíduos onde a dor

está relacionada com a ansiedade. Pessoas que trabalham com os enfermos

devem saber lidar com o problema da dor.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 13

 

O visitante deve reconhecer a aceitar essas diferenças individuais. Elas

influenciam as emoções da pessoa doente, as reações e o prognóstico de

recuperação.

 

2.2. As emoções do paciente

Não é fácil ficar doente especialmente quando nossas rotinas são interrompidas,

quando não compreendemos o que está errado com nossos corpos, ou não

sabemos quando ou se iremos sarar. Quando ficamos doentes o bastante para

procurar ajuda médica, devemos nos submeter ao cuidado de estranhos, alguns

dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis.

Tudo isto aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença.

 

O Dr. James Strain, no seu livro Psychological Care of the Medically III, nos

sugere que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete

categorias de tensão psicológica:

 

1. Tensão da ameaça à nossa Integridade

Os enfermos são submetidos para uma série de experiências onde eles não têm

controle sobre as circunstâncias.

 

O paciente tem que obedecer um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter a

estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar

ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído

sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e

isto não é fácil.

 

2. Tensão do Medo de Estranhos

Os pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser

colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço

pessoal.

 

3. Tensão da Ansiedade pela Separação

A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a

internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são

familiares, no momento em que mais precisamos delas.

 

4. Tensão do Medo de Perder a Aceitação.

A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas,

obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 14

pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as

pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los.

 

5. Tensão do Medo de Perder o Controle.

Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e

bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas

emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores

quando o pacientes está exposto em um leito de hospital.

 

6. Tensão do Medo de expor ou perder partes do Corpo.

As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se

ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser

embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente

que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo

removida.

 

7. Tensão da Culpa e Medo do Castigo.

 

A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento

possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos,

esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa

deste então. Deitados na cama e se perguntando “Por que?” essas pessoas

podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver

restabelecimento.

 

Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que

existem diferenças no modo das pessoas reagirem. Algumas sentem ainda outras

emoções:

 

Deprimidas com a doença.

Desanimadas com o tratamento

Frustradas com a vida.

Iradas com médicos e com Deus.

Culpadas por não cuidarem da saúde.

Confusas com o prognóstico.

 

3. A reação da família.

Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 15

paciente se perturba. As mudanças na rotina familiar devido a doença, problemas

financeiros, dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da

oportunidade de manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que

ocasionalmente redunda em fadiga, irritabilidade e preocupação.

 

Numa tentativa de se animarem mutualmente e evitarem a preocupação, o

paciente e a família algumas vezes se recusam a discutir seus verdadeiros

temores e sentimentos uns com os outros, e como resultado, cada um sofre

sozinho.

 

4. Sentimento de esperança

A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a

impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da

enfermidade, o paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a

esperança é a última que morre”, é real no momento na doença, e quando o

paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a

morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia

real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja

especialmente em momentos difíceis.

 

Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há

pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a

condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre

a Morte e o Morrer, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo

imprevisto pode acontecer, que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que

o esperado”.

 

O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de

amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade.

Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes,

e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por

tantas dores e sentimentos variados. ¨

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

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CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO II - O Visitador, sua Função e suas

Atividades

 

MODULO II

O VISITADOR, SUA FUNÇAO E SUAS ATIVIDADES

 

Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos:

* O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o

ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas.

 

Como evangélicos a Constituição Brasileiro nos da direitos de atender os doentes,

porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que

não atinga os direitos dos outros.

 

* Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar

suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa

enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que

envolve o sofrimento humano.

 

* Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos e

preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles

desejam abordar.

 

* Como crente em Jesus temos algo que todos desejam: esperança. Deve

expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado

com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas

devemos evitar a criação de uma esperança falsa.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 17

* Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem

competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha.

 

* Saiba utilizar bem nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio

da igreja, e a esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos.

 

* Ore e confie no Espírito Santo para lhe ajudar.

 

* Aprenda os textos Bíblicos apropriados para usar nas visitas hospitalares ou nos

lares dos enfermos.

 

*Aprenda algumas normas, regras, e orientações para visitar os enfermos.

 

A Prática

Como capelão por mais de 20 anos do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, procurei

desenvolver um ministério prático de visitação. Este projeto de Voluntários para a

Capelania do Hospital que segue representa o aprendizado da teoria que foi

confirmada e ampliada na prática. Cada experiência de Capelania Hospitalar ou

cada visita aos enfermos são experiências distintas. Porém, os princípios, os

valores, as regras, e as normas são semelhantes e válidos para todos os casos.

 

1. Como criar seu espaço de trabalho:

* Entender seu propósito

* Ganhar seu direito

* Trabalhar com equipe médica

2. Deve:

 

* Identificar-se apropriadamente.

 

* Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa,

frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas. Seja

preparado para enfrentar estas circunstâncias.

 

* Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio,

esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e

objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 18

liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do

momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas

presentes, e as necessidades citadas.

 

* Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo

Testamento, etc.

 

* Visitar obedecendo as normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma visita no

lar é possível e o horário conveniente.

 

* Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem

tornar-se as prioridades para sua visita.

 

* Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade,

e interesse na pessoa. Você vai em nome de Jesus.

 

* Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o

diálogo.

 

* Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições.

* Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou

a receptividade do paciente a qualquer momento.

 

* Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem

ofender ou distanciar-se do paciente.

 

* Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa

enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou

incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros.

* Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

3. Não deve:

 

* Visitar se você estiver doente.

 

* Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o

paciente.

 

* Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico.

* Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito.

* Entrar numa enfermaria sem bater na porta.

 

* Prometer que Deus vai curar alguém. As vezes Deus usa a continuação da

doença para outros fins. Podemos falar por Deus, mas nós não somos o Deus

Verdadeiro.

 

* Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 19

 

para si mesmo.

 

* Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orienta-los, mas

deixe eles tomarem as decisões cabíveis e sobre o paciente ao sair da visita.

* Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orienta-los, mas deixe eles

tomarem as decisões cabíveis e sob a orientação médica.

 

* Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja

natural no falar e agir. Deixe o paciente a vontade.

 

Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente,

sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser

norteada pelas circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da

pessoa doente.

 

As perguntas servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As

perguntas foram elaboradas pelo Dr. Roger Johnson num curso de Clinical

Pastoral Education em Phoenix, Arizona, EUA . Dr. Johnson nos lembra que há

perguntas que devemos evitar. Perguntas que comecem com "por que" e

perguntas que pedem uma resposta "sim"ou "não" podem limitar ou inibir nossa

conversa pastoral. Segue uma lista de perguntas próprias. A lista não é exaustiva

e as pessoas podem criar outras perguntas. A lista serve como ponto de partida

para uma conversa pastoral.

 

* O que aconteceu para você encontrar-se no hospital?

* O que está esperando, uma vez que está aqui?

* Como está sentindo-se com o tratamento?

* Como está evoluindo o tratamento?

* O que está impedindo seu progresso?

* Quanto tempo levará para sentir-se melhor?

* Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade?

* Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos?

* Como sua família está reagindo com sua doença?

* O que você está falando com seus familiares?

* O que seus familiares estão falando para você?

* O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data importante)?

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 20

 

Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados

para ajudar com visitas e conversas pastorais. Os membros de nossas igrejas

podem atuar nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois

aspectos de nossa vida.

 

Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente. Como

ser humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor,

solidariedade e carinho. Segundo, na função de uma visita ou conversa pastoral

representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio Deus na vida do paciente.

Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança, confiança, fé, e a

oportunidade de confissão. O trabalho pastoral visa o paciente como um "ser

humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um caso patológico

para ser tratado.

 

CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO III - A Visita, suas Regras e sua Prática

MODULO III

 

A VISITA, SUAS REGRAS E SUA PRÁTICA

1. Dez maneiras de tornar agradável a visita ao Hospital.

 

Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém no hospital.

 

· A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento e

desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que

precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o

quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o

mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certa do

que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente. Não sente na cama, a não

ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir

com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma

infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver

imunodeficiência.

 

· Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas estabelecidas.

· Faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo para ele no

momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples disposição de passar tempo

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 21

 

com alguém hospitalizado é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser

apropriada à situação do paciente. Não demore demais. Várias visitas podem ser

menos cansativas para alguém que está muito doente. As visitas mais demoradas

ajudam a passar o tempo para os pacientes ativos confinados ao leito ou ao

quarto numa hospitalização prolongada.

 

· Pergunte ao paciente/família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez

possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não

tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente

como aos que cuidam dele.

 

· Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar

alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto.

· As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Um piquenique os desta

de aniversário no saguão pode reanimar o doente. Quer seja uma ocasião

particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar,

certifique-se de informar a equipe do hospital sobre todos os preparativos. Planos

cuidadosos talvez tenham de ser montados de acordo com o regime ou nível de

energia do paciente. Um pouco de criatividade quase sempre ajuda muito a tornar

a ocasião uma lembrança muito especial para todos os envolvidos.

 

· Manter contato com a família e os amigos é importante para os hospitalizados.

Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa é um sacrifício - por

mais que deseje o contrário.

 

· Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco

podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem

contato com a natureza e o mundo fora do hospital.

 

· Empenhe-se para que o paciente receba o jornal diariamente. Se necessário,

leia-o para ele todos os dias. Tome cuidado para anotar itens que possam ser de

particular interesse do paciente ou algo que ele queira acompanhar. Tome tempo

para discutir pontos de interesse do paciente. Você está dando a ele uma

oportunidade de interagir com o mundo fora de sua cama do hospital. Estão

também reforçando a sua individualidade e propósitos, coisas que se perdem

facilmente durante uma hospitalização prolongada.

 

· Ajude alguém do hospital nos de eleição. Cédulas para confirmar a ausência

podem ser obtidas na cidade de origem do paciente.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 22

2. Normas práticas para a Visitação Hospitalar.

 

· Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater na porta.

· Verifique se há qualquer sinal expresso de: "proibido visitas"

· Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação.

 

· Observe se à luz está acesa e a porta do quarto fechada. Em caso de positivo,

espere que o doente seja atendido pela enfermeira ou médico, antes de você

entrar.

 

· Tome cuidado com qualquer aparelhagem em volta da cama. Evite esbarrar na

cama ou sentar-se nela.

 

· Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente quanto ao tipo

e duração da visita. (Se o paciente está disposto, indisposto).

 

· Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para que ele possa

conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há mais enfermos,

cumprimente os outros, mas se concentre naquele com quem você deseja

conversar.

 

· Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto.

Também não é conveniente gritar na hora da oração.

 

· Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza.

· Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com clareza.

· Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim como no horário

das refeições, saia do quarto.

 

· Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações emocionais

negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares. Sem afetações,

procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão facial e seus gestos

estão comunicando.

 

· Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. Não

adianta falar do outro nem de si mesmo.

· Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja com

naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de ficar

à vontade.

 

· Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente.

Encontre a duração exata para cada situação.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 23

 

· Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a enfermeira se

ele o desejar.

 

· Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o

comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro.

· Se você mesmo está doente, não faça visitas.

 

· Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com inteligência. Não

fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante de outra religião.

· Lembre-se das regras fundamentais de assistência pastoral:

 

· O ponto de partida para o seu trabalho é a situação e o estado em que a outra

pessoa se encontra.

 

· Seu objetivo primário é conduzi-la a um estágio de sã condição físico-emocionalreligiosa

atual.

 

· Sua contribuição no processo terapêutico é singular e necessário, mesmo que

você nem sempre sinta assim.

 

3. Ajudando através da arte de escutar.

 

Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo relacionados,

se posto em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar e,

conseqüentemente, na habilidade de ajudar a outras pessoas.

 

3.1. Analise sua atitude íntima.

 

Quais os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está

conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela? Ela lhe é

repugnante? Há hospitalidade entre vocês? Tudo isto vai afetar o significado de

que você ouvirá dela. As palavras perdem seu sentido quando nossas emoções

não nos permitem escutar com objetividade. Precisamos desenvolver uma atitude

de aceitação da pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la. Não estamos

defendendo qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros sentimentos de

quem fala.

 

Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda seu ponto de

vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não devemos

expressar julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 24

3. 2. Preste bastante atenção

 

Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz baixa, um fala

monótona, pode indicar depressão emocional. Falar rapidamente, de forma

agitada, pode se uma depressão extrema. Falar depressa e em voz alta pode

indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: - "Pela sua voz, tenho a impressão

de que você está muito..." Se a pessoa chora enquanto fala, permita-lhe este

privilégio.

 

3.3. Desenvolva a capacidade de avaliar as emoções.

 

Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas: convicção,

perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que elas são

proferidas, lhes dão um significado maior que o dicionário não pode definir. Cabe a

nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação.

 

3.4. Reflita as emoções que você está percebendo.

 

É preciso fornecer ao entrevistado uma "retro visão" das emoções que ele está

transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que entendeu qual o

problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já disse, literalmente,

mas refletir seus sentimentos com nossas próprias palavras.

 

3.5. Evite a agressividade.

 

· Não domine a conversa.

 

· Quando falamos muito a pessoa se confunde.

· Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento.

· Não tente manipular as pessoas, nem as enganar .

 

3.6. Evite a passividade e a timidez exagerada.

 

· Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz.

· É mais importante entender o que ela diz do que criar uma impressão favorável.

· Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. A solução dos

problemas vem por meio das tensões.

 

· Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesses na participação do

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 25

diálogo. Esteja preparado para responder.

· Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações básicas

para compreender o interlocutor.

 

3.7. Normas para escutar:

 

· Escutar é um processo. Não é discursar. Você precisa identificar-se com a

pessoa que fala.

 

· Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais sejam

diferentes.

 

· A pessoa está apresentando um problema que lhe parece insolúvel. Aceite seu

estado de confusão e ajude-a observar os diferentes aspectos do problema: sua

origem, quem está envolvido nele, possível soluções etc.

 

· Demonstre amizade e interesse. O problema é grande. Leve a carga com a

pessoa até que ela possa levá-la sozinha.

 

· As vezes, a pessoa tenta diminuir o problema. Isto pode revelar falta de

confiança em sua ajuda ou ausência de auto-estima. As vezes, o problema não

nos parece sério, mas devemos reconhecer que ele é sério para a pessoa que

está sofrendo com ele.

 

· Procure dividir o problema em várias partes para atacá-las separadamente.

· Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição. Isto facilitará a

compreensão dos problemas e como solucioná-los.

 

· Se descobrir contradições na conversa, revele-as à pessoa. Isto a ajudará a se

sentir menos confusa e ansiosa.

 

· Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado. Ela vai

recordar que tem habilidade para superar a situação como já aconteceu.

· Discuta as várias alternativas para resolver o problema. Evite conselhos

estereotipados. Anime a pessoa a restabelecer relações com pessoas de

importância em sua vida (parente, amigos, pastor).

 

· Evite fazer perguntas com respostas predeterminadas. São mais válidas as

perguntas que despertam o sentido do relacionamento.

 

· Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da entrevista. Veja se tem possibilidade

de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-a a outra pessoa.

· Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: "Não se preocupe,

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 26

 

está tudo bem".

· Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito. Deixe a

pessoa tomar a decisão adequada e assumir a responsabilidade.

 

· Admita suas capacidades e limitações, você é humano e finito. Deixe Deus agir

onde você é suficiente.

 

CAPELANIA HOSPITALAR - Modulo IV - Os Benefícios: ao Paciente e sua

Família, ao Hospital e a Comunidade.

 

MODULO IV

OS BENEFÍCIOS: AO PACIENTE E SUA FAMÍLIA,

AO HOSPITAL E A COMUNIDADE.

 

A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os

pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, a próprio

hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente

são demonstrados através de estudos de pesquisa.

 

1. Os Benefícios para os pacientes e sua família.

 

Seis áreas de pesquisa estão resumidas aqui, que descreve os benefícios de

atenção à espiritualidade de pacientes e seus familiares.

 

1.1. Apoio Espiritual e sua Prática.

 

Um corpo crescente de pesquisa demon

stra os benefícios da saúde relacionados

a religião, fé e sua prática.

 

Um estudo foi publicado com de 42 mortalidades envolvendo aproximadamente

126.000 participantes demonstrou que as pessoas que ajudadas com

envolvimentos religiosos freqüentes foram significativamente provado viver mais

tempo comparado a pessoas que eram não freqüentemente envolvidas(1).

 

Em um estudo de quase 600 pacientes idosos, severamente doentes,

hospitalizados, esses buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com

também apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 27

menos deprimido e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da

severidade da doença deles(2).

 

No estudo de 1.600 pacientes de câncer, a contribuição espiritual ao paciente que

tinha boa qualidade de vida era semelhante ao seu bem estar físico. Entre

pacientes com sintomas significantes como fadiga e dor, esses com vida espiritual

atuante é tido com uma qualidade significativamente mais alta de vida(3).

 

CONCLUSÃO: Estes e outros estudos demonstram que a fé traz impacto de

bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem

um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e

espirituais.

 

1.2. A Importância do Cuidado Espiritual para enfrentar a Doença.

 

Um estudo de adultos mais velhos achou que mais da metade informou que a

religião deles era o recurso mais importante que os ajudou na luta com doença(4).

Em outro estudo, 44 % dos pacientes informaram que a religião era o fator mais

importante que os ajudou na luta com a doença deles ou hospitalização(5).

 

Em um estudo de mulheres com câncer de peito, 88 % informaram que religião

era importante para elas e 85 % indicaram que a religião ajudou a enfrentar(6).

Semelhantemente, 93 % das mulheres em um estudo de pacientes de câncer

ginecológicos informaram que a religião aumentou a sua esperança(7).

 

Um estudo com pacientes de câncer de peito informou que 76 % tinham orado

sobre a situação deles como um modo para enfrentar o diagnostico(8).

 

Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas amoderar

os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade(9),

desesperança(10), e isolamento(11).

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 28

Muitos pacientes esperam que os capelães e voluntários os ajudem com tais

sentimentos infelizes(12).

 

O estudioso Paragment cita muitos estudos adicionais que demonstram a

importância do cuidado espiritual na luta das pessoas que lidam com doença.

CONCLUSÃO: As pessoas procuram cuidados espirituais durante doença e

em outras experiências dolorosas. Capelães e voluntários devem estar

prontos para dar ajuda espiritual na luta das enfermidades.

 

1.3. Respondendo a Angústia Espiritual

 

Estudos apontam à importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos

religiosos ou espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com

a perda de saúde, recuperação, e ajuste com a doença(13).

 

CONCLUSÃO: Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante

identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar

os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde

deles e ajustando assim.

 

1.4. Aumentando estratégias para enfrentar a doença.

 

Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar

os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade(14),

desesperança(15), e isolamento(16). Muitos pacientes esperam que os capelães e

voluntários os ajudem com tais sentimentos infelizes(17).

CONCLUSÃO: As pessoas querem cuidados espirituais durante doença e

outras experiências dolorosas, procurando ajuda. Capelães e voluntários

devem estar preparados para dar ajuda espiritual na luta com estes

sentimentos.

 

1.5. Cuidando das Famílias

 

Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 29

 

que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções

da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares

com os sentimentos associados com doença e hospitalização(18).

 

Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais

importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles(19).

Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos

capelães mais que os pacientes(20).

 

Comparado a esses, os familiares dos pacientes de Alzheimer que adoravam a

Deus regularmente e que sentia as necessidades espirituais satisfeitas informaram

que diminuíram a tensão(21).

 

CONCLUSÃO: Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para

enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O

cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto

positivo.

 

1.6. A satisfação do paciente e sua família com o cuidado espiritual provido

por capelães.

 

Estudos indicam que 70 % dos pacientes está atento as necessidades espirituais

relacionados à doença deles(22).

 

Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam que entre um terço

e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado espiritual(23).

 

Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais provável é que o

paciente vai escolher aquela instituição novamente para hospitalização futura(24).

Um grande estudo de VandeCreek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e

familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava

satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães(25). A satisfação com a

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 30

assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que

informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais

fácil" porque a visita proveu "conforto" e ajudou para o paciente a relaxar.

 

O

capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido" e aumentou a

prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a

sentir mais esperançoso.

 

CONCLUSÃO: Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos

as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção

espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente

quando recebem atenção - influenciando na sua recomendação do hospital a

outros.

 

2. Os Benefícios para o Hospital e Comunidade.

 

2.1. Para os Profissionais de Saúde

 

Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras, às vezes

experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta tensão

aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos

profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães

podem prover cuidado espiritual sensível, encorajador a estes pacientes e as suas

famílias por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros

profissionais prestar atenção a outros deveres.

 

Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar

os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e

bom senso do pessoal.

 

Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que

prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os

capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais(26).

2.2. Para os Hospitais

 

Os serviços de capelães e voluntários beneficiam hospitais pelo menos em 9

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 31

 

meios.

Os capelães e voluntários ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos

pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos,

enquanto melhoram assim a imagem do hospital.

 

Em uma época de medicamento de alta tecnologia, hospitalizações breves, e

breves contatos com os médicos e outros profissionais de saúde, os capelães e

voluntários oferecem um das poucas oportunidades para os pacientes discutirem

as suas preocupações pessoais e espirituais.

 

Os capelães e voluntários que especializaram na área de capelania por

organizações profissionais. Podem oferecer curso de visitação a voluntários das

igrejas. Desde participantes em programas, podem ter vários voluntários

prestando cuidado espiritual ao hospital sem custo para a instituição.

 

Os capelães e voluntários estabelecem e mantêm relações importantes com os

pastores da comunidade.

 

Os capelães e voluntários fazem um papel importante abrandando situações de

descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital.

Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar

estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos

organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.

Os capelães e voluntários podem reduzir e podem prevenir abuso espiritual,

agindo como guarda para proteger os pacientes de proselitismo. Códigos de éticas

profissionais estipulam que os capelães eles têm que respeitar as convicções de

fé e práticas de pacientes e famílias.

 

Os capelães e voluntários ajudam para os pacientes e seus familiares a identificar

os seus valores relativos a escolhas de tratamento no fim da vida e comunicam

esta informação ao pessoal de saúde(27).

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 32

 

Os capelães e voluntários ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor,

e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e

espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles

promovem consciência de missão.

 

Os capelães e voluntários ajudam hospitais cumprirem uma variedade de cuidado

espiritual e apoio para os pacientes e seus familiares.

 

É de muito valor o cuidado espiritual provido por capelães eficientes. Um estudo

do custo de capelania foi publicado informando que os serviços de capelães

profissionais variam entre US$ 2,71 e US$ 6,43 por visita de paciente(28).

 

Adicionalmente, aproximadamente três quartos de executivos de HMO informou

em uma pesquisa que a espiritualidade (expressou pela oração pessoal,

meditação espiritual e religiosa) pode ter um impacto no bem estar, então pode

ajudar no impacto do custo(29).

 

2.3. Para a Comunidade

Hospitais são crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a

comunidade e os capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos

serviços da comunidade. Estes incluem:

Liderança e participação em programas de sociais da comunidade.

Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a

enfrentar a perda ou crise e viver com a doença.

 

Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre,

pobreza.

 

Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e

igrejas.

 

Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a

alcoólatras, drogados.

 

Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão

de visitação espiritual nas casas e a igrejas.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 33

 

Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais.

Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade,

perda e doença, e luta com a crise.

 

CONCLUSÕES: Nos tumultos dos hospitais, os diretores estão procurando

constantemente modos para prover ótimos serviços aos pacientes dentro de

suas dificuldades financeiras. Eles buscam manter os funcionários de

qualidade e manter relações positivas dentro dos hospitais e a comunidade.

Os capelães respondem a estas preocupações de modo sem igual, enquanto

utilizando as tradições históricas de espiritualidade que contribui à cura de

corpo, mente, coração e alma.

 

CAPELANIA PRISIONAL

 

"Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles e dos

maltratados,como sendo-o vós mesmo também no corpo” Hebreus 13.3

CAPELÃO PRISIONAL

 

É O AGENTE DE DEUS PARA UMA MISSÃO NOBRE QUE VISA ALCANÇAR

AQUELES QUE ESTÃO ATRÁS DAS GRADES COM A PALAVRA DE

DEUS,EVANGELIZANDO-OS,ACONSELHANDO-OS E DESPERTANDO-OS

PARA UMA NOVA VIDA.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 34

 

Segundo as palavras de Jesus Cristo em Hebreus 13.3, quando Ele nos

lembra para nos preocupar e empenhar na visitação aos presos, dizendo

assim: "lembrai-vos dos presos, como se estiveseis presos com eles, e dos

mal tratados, como sendo-o vós mesmo também no corpo".

 

Com estes ensinamentos o ministério da capelania prisional, entende que o

Senhor quer alcançar não somente as pessoas enfermas e em tratamentos

nas internações hospitalares, mas também, as pessoas que se encontram

em regime prisional.

 

Voce sabia?No Estado do Rio de Janeiro, existem mais de vinte mil

detentos?No Estado de São Paulo , são mais de noventa mil?Em todo Brasil,

o numero de detentos chega a mais de meio milhão?E que indiretamente,

juntando os familiares, que também são vitimas,chegamos

aproximadamente a mais ou menos quatro milhões de pessoas?

 

O QUE NÓS ESTAMOS FAZENDO OU PODEMOS FAZER PARA MUDAR

ESSE QUADRO?

 

Objetivo da Capelania:

 

Levar as pessoas encarceradas nos presídios e delegacias o tão grande

amor de Deus através da visitação dos capelães e também com a

ministração da poderosa Palavra de Deus; acompanhada de poderosa

oração e aconselhamento pessoal, sabendo que o Senhor Jesus tem por

objetivo alcançar estas vidas dando a elas a oportunidade de conhecer

melhor o Reino de Deus através das ações dos capelães evangélicos.

 

O CAPELÃO PRECISA SER:

 

a)Chamado para este ministério.

 

c)Preparado para este ministério.

 

d)Amável.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 35

 

e)Tratável.

f) Comprometido.

g) Firme.

O PÚBLICO ALVO DO CAPELÃO PRISIONAL

1º- DETENTOS

2º- FAMILIARES

3º- AGENTES

4º- FUNCIONÁRIOS

O ALVO PRINCIPAL DO CAPELÃO PRISIONAL SÃO OS DETENTOS, E

ESTES NECESSITAM SEREM CONHECIDOS E ANALISADOS.

OS TIPOS DE DETENTOS

a) Os que estão atrás das grades

b) Os que presos dentro de si mesmo

c) Os que estão do lado de fora das delegacias e presídios(familiares).

CUIDADOS A SEREM TOMADOS PELO CAPELÃO PRISIONAL.

1º ENVOLVIMENTO EMOCIONAL

2º ENVOLVIMENTO SENTIMENTAL

3º ENVOLVIMENTO JURÍDICO

4º ENVOLVIMENTO FINANCEIRO

5º ENVOLVIMENTO COM O SISTEMA (ouvido e não boca).

Capelania Empresarial

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

 

Curso de Capelania Geral. Pág 36

 

O que é um capelão empresarial?

É um homem ou mulher de Deus, treinado, capacitado, ético que tenha o

espirito de excelência, de sabedoria e conselho que vai se relacionar com o

pequeno e o grande empresario, com os fucionários das empresas, desde o

menor até o maior cargo e na maneira como estes lidam com seus

consumidores para que haja melhor desempenho e comprimisso entre

produtores e consumidores melhorando nossa sociedade.

 

 

O capelão empresarial usará a biblia para trazer valores espirituais, para que

os principios de todas as partes sejam justos, lembrando que tudo o que é

produzido e comercializado depende de uma só fonte (vida) que só Deus

pode mante-la.

 

Capelão empresarial é um agente de Deus dentro das empresas para atravez

da prevensão evitar crises e solucionar as já existentes, trabalha para que a

empresa alcance todos seus alvos.

 

Sua Postura deverá ser

-Postura de um CONSELHEIRO: que tem espirito de Deus e conhecimento na

área que vai atuar.

 

-Postura ÉTICA: respeitando todas as ideias tanto do empregador como do

empregado, sujerindo só na hora que for solicitado.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 37

 

-Postura de CONFIANÇA = FIDELIDADE: saber ouvir e aconselhar sem

causar nenhum mal estar dentro da empressa.

 

-Postura AMIGAVEL: trazendo paz ao ambiente de trabalho, promovendo

reconcolhação entre os que estao vivendo em inimizade.

 

-Postura OTIMISTA: Capelão sempre terá uma palavra de vitória e superação.

Ele sempre diz que tudo vai terminar bem. Nunca se une ao pessimista.

 

-Postura de FÉ: cria um ambiente de dependencia de Deus, para alcançar o

melhor.

-Postura VISUAL: sempre bem vestido , nunca usando roupas ou aderesos

que chamem atencao.

 

O que faz um capelão empresarial.

 

-Um capelão empresarial não e um pregador, ele presta assistencia espiritual

e emocional.

 

-Capelão empresarial nao pode impor suas próprias crenças aos outros, tem

que ter sensibilidade para conviver com todos.

 

-Capelão empresarial estará disponivel a qualquer hora para intermediar uma

crise.

 

-Fazer com que o empresario entenda, que a maior segurança deverá estar

em Deus : Salmos Cap. 127: Vers. 1,2

-Levá-los a entender que toda semente vai gerar. Se plantar injustiça a seu

tempo ele colherá.Êxodo Cap. 3: Ver. 7,Deuteronômio Cap. 25: Vers.13 a 16,

Prov érbiosCap. 14: Ver. 31Tiago Cap. 5: Ver.4.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 38

-Fazer o empressario saber que os ventos, tempestades e as crises que

atingem a todos, são circustanciais e ajuda-los a recomeçar.

 

-Ajudar no padrão de qualidade avaliando o comportamento dos

empregados, em relação a sua satisfacao em trabalhar nesta empressa

reduzindo assim insatisfação e o stress na relação funcionário empregador.

Eclesiastes Cap. 4: Ver.1

-Leva-los a entender que o maior patrimônio que o homem pode ter é a sua

familia. Não deixando a empresa tomar todo seu tempo.

-Criar relacionamento familiar comprometido.

 

Curiosidade

-Nos Estados Unidos, o maior índice de divórcio está no meio empressarial.

O que faz o capelão empresarial em relação aos funcionarios

-Promover a ética no ambiente de trabalho, encorajando ao respeito as

normas de trabalhos estabelecidos pelas empresas, horário, segurança,

produtividade,etc., para que possam desfrutar de melhor carreira dentro da

empresa,obtendo assim boas recomendações em caso de transferências..

-Ajuda-os a equilibrar tempo de trabalho, vida familiar, e vida espiritual

evitando consequencias desastrosas.

 

O que faz o capelão em relação as empresas

-Faz com que patrões e empregados entendam que as empresas são um

bem comum da sociedade. Elas são geradas por homens e mulheres de bem

que investiram conhecimento, trabalho e finanças. São mantidas pelos

trabalhadores e pela sociedade que consome todo bem produzido. Assim

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 39

 

tanto o proprietario, como o trabalhador, como a sociedade de consumo,

devem entender que todos dependem um do outro.

Referente a Capalenia Empresarial.

- Campo muito grande de evangelização.

 

-Empresarios estão entre os seres humanos mais solitarios mundo.

-Grande índice de uso drogas.

-Grande índice de divórcio.

-Em sua maioria não conseguem lidar com fracasso.

-Na crise extremas,muitos são levados suicidio.

Capelania Assistencial

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O que é um Capelão assistencial?

Um capelão assistencial é um profissional interdenominacional treinado e

capacitado para atender a sociedade como um todo, como um bom

samaritano, conselheiro e amigo de todos os feridos e machucados .

Por que utilizar um capelão para ajudar as pessoas na comunidade?

O Capelão e o Aconselhamento

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 40

Parte divina – “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de

sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o

Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11:2).

Parte humana – “Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a

multidão de conselheiros, se confirmarão” (Pv 15:22).

 

“Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros,

há segurança” (Pv 11:14).

 

“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não

por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo

pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de

exemplo ao rebanho” (1 Pe 5:2, 3).

 

Aconselhar pode ser definido como proclamação do perdão dos pecados.

Para um Capelão Evangélico, o aconselhamento é, antes de tudo, a

comunicação da Palavra de Deus. No aconselhamento, o Capelão

desenvolve diálogo que visa levar a pessoa ao rompimento com a vida nas

trevas. No aconselhamento o Capelão utilizará os princípios bíblicos e

habilidades diplomáticas para a orientação da conduta e das decisões que a

pessoa terá que tomar.

 

Aconselhar é a arte de ajudar a fazer ver as coisas que não podem ser vistas.

É no entanto, no fazer ver as coisas ocultas aos olhos dos que sofrem que

está a arte de ajudar. E a potencialidade conferida a cada um de nós por

Deus e a habilidade de discernimento em campos obscuros.

“O navegador depende de uma bussula para traçar seu curso. Por que a

bússula? Porque ela lhe mostra o rumo. “William Flecher”

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 41

Aconselhar é como guiar um cego que sabe o que quer, mas não sabe como

chegar lá. Assim, o papel do Capelão-conselheiro é ajudar alguém a chegar a

algum lugar, num porto seguro, sempre à luz da Palavra de Deus e de um

compromisso com as questões eternas.

 

“O papel do Capelão é semelhante a um clínico geral, que quando não

resolve o problema, encaminha para um especialista”.

 

Tudo é importante: Agenda, construção, administração, mas o

Aconselhamento é cura e milagre para as pessoas. Mesmo sabendo que

diante de algumas situações teremos que reconhecer a nossa limitação,

confiamos na suficiência da GRAÇA de Deus, que opera em nós e através de

nós. Devemos seguir o exemplo de Jesus. O Mestre amado fez isso com:

· A mulher samaritana no poço de Jacó (João 4)

· Pedro após a ressurreição (João 21:15). Os Apóstolos por diversas vezes –

João 14 e 16

· Com a mulher de fluxo de sangue e com Jairo (Marcos 5:21).

· O Mestre parou a multidão para atender apenas um ser que estava sofrendo

as angústias e as perdas dessa vida.

 

“Atender é parar as multidões dos nossos projetos, correrias, reuniões,

viagens e dar atenção a quem precisa”.

 

PENSE NISSO

“Será que estamos mais ocupados que Jesus? Ou nos achamos tão

importante que não dá para parar? E se a doença chegar? E a morte?”

Por que negligenciamos o Aconselhamento Individualizado?

· Creio que nós não valorizamos muito o aconselhamento individualizado,

porque nós não recorremos a este expediente quando precisamos. Mas

todos nós precisamos de aconselhamento, somos pessoas que passamos

pelas mais diversas situações. Assim findamos por achar que cada um deve

fazer o mesmo.

 

·Muitas pessoas também evitam serem aconselhadas pelo medo de se

expor, aliada ao grande temor de ter sua vida exposta, pela falta de ética de

quem vai aconselhar. Porque não sabemos ouvir, não fomos treinados para

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

Curso de Capelania Geral. Pág 42

isso.

“Às vezes, a solução está mais no ouvir do que no falar”.

 

As pessoas necessitam serem ouvidas por dois motivos:

a) Neste mundo elas são um número: RG, CPF, Empresa, Escola,

Estatísticas. Não podemos continuar sendo um número no rol de membros

ou um valor no rol de dizimistas. É uma questão mais sociológica do que

espiritual. David Cho escreveu: “As pessoas neste mundo são um número.

Quando vem à igreja querem se sentir gente” (irmão).

 

b) Vivemos numa época em que as vozes deste mundo nos sufocam,

confundem a mente, abalam a alma, embrutecem o espírito, cauterizam a

consciência. Pai, filho, marido, esposa, empregado, patrão, professor,

televisão, rádio, político, internet, ruídos dos carros, igreja, pastor, liderança,

tele-evangelistas – Todo mundo está falando. Mas quem está pronto a

escutar? Deus? Sim. Mas através de quem? Do Capelão preparado, fiel a

Deus, maduro (a). Se não podemos ou não sabemos, permitamos ao menos

que outros o façam, o bem de pessoas feridas.

 

Recomendações gerais no aconselhamento

- Ouça o suficiente antes de tecer qualquer comentário, conselho ou parecer;

não se precipite. Procure a raiz do problema. Faça perguntas adequadas.

- Incentive-o (a) a falar, deixe-o (a) à vontade e seguro (a) para colocar para

fora aquilo que o (a) está sufocando. Divida o assunto em partes (família,

trabalho, coração, finanças, relacionamentos); faça um mapeamento e defina

prioridades.

 

-Não deixe a espiritualidade em segundo plano, ore e use a Bíblia.

- Cultive a credibilidade moral, espiritual e emocional. Você está sendo

observado.

 

- Seja sensível, porém não se entregue aos sentimentos alheios.

- Veja no aconselhando um ser em potencial para mudar e ser abençoado

por Deus. Não o evite.

 

- Utilize de diversas ferramentas para extrair informações (perguntas, cartas,

inventário, família, comportamento), mas nunca recorra a fofocas. Quem trás

também leva, isso pode colocar tudo a perder.

Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.

 

Curso de Capelania Geral. Pág 43

- Planeje a melhor estratégia. Exemplo: Atender o casal em separado, depois

juntos, falar com os pais depois com os filhos etc.

 

-Seja humilde para reconhecer as suas limitações e tentações. Trabalhe em

parceria. Exemplo: Aconselhamento Pastoral x Psicoterapia, Serviço Social,

Advocacia, Medicina, até mesmo outros conselheiros espirituais etc.

Seja ético com as pessoas que você atender. Não use isso como forma de

proselitismo.

Cuidado em compartilhar experiências particulares. Sua vida e intimidades

podem ficar na “boca do povo”.

 

Lembre-se:

Aconselhar é diferente de ordenar! Nunca decida por ninguém, e quando

emitir uma opinião ou parecer, faça com segurança, não se deve brincar com

a vida ou sentimento alheio

Conclusão

O exercício da Capelania Evangélica não deve ser feito de qualquer maneira

e por qualquer pessoa. Aconselhamento é um instrumento poderoso, uma

ferramenta substancial para desfazer os NÓS na vida das pessoas.

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O Capelão Evangélico NÃO PODE OPTAR entre aconselhar e não

aconselhar, mas pode sim preparar-se para aconselhar bem ou então fazê-lo

de maneira despreparada!

O desafio é grande, mas não intransponível. Com a graça de Deus aliada à

busca do preparo bíblico, teológico e técnico, poderemos servir a Deus,

 

oferecendo um aconselhamento com qualidade aos que nos procurarem.